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    ENCONTROS DA IMAGEM 2023 - ON THE EXPLORATION OF FRAGMENTED FUTURES
    September 16 to October 21, 2023
  • Programa
  • quarta a sábado 14H30-18H30
    Main Hall
    Entrada livre
    Carlos Barradas
    On the exploration of fragmented futures

    Como abordar algo que ainda não existe, tão intangível quanto o futuro? Melhor ainda, o que é o futuro, para quem se destina, e em que circunstâncias? Será o futuro uma entidade uniforme e homogénea ou, pelo contrário, existirão múltiplos futuros, muitas vezes divergentes? Este trabalho explora algumas destas questões num território específico, como é o caso da cidade de Braga.  Vivemos atualmente num tempo onde o futuro está bem presente. As catástrofes que outrora se julgavam iminentes tornaram-se, através do Antropoceno, a regra geral da nossa existência contemporânea. Convergem com desenvolvimentos científicos inovadores, em sociedades mais ou menos dinâmicas, em opções políticas, e nas instituições que as suportam. Antigas e novas formas de espiritualidade e religião, extensões dos corpos humanos e da sua imaginação, bem como esses mesmos corpos e as imaginações e expetativas que lhes são inerentes, viajam frequentemente para lugares distantes, revelando histórias de grande coragem, resiliência e sofrimento. O tempo e os futuros são, assim, entendidos, percecionados, contados, moldados e sentidos de formas particularmente divergentes, revelando a sua heterogeneidade e a inevitabilidade da sua construção individual e social. Pensar estas questões exige a necessidade de pensar o tempo sincrónico ou diacrónico como maleável, fluido, entrelaçando experiências imaginadas e vividas, individuais e coletivas. Estas são criadas e adaptadas de acordo com as seis orientações que os antropólogos Rebecca Bryant e Daniel Knight sugeriram para determinar as diferentes profundidades e urgências destes futuros: antecipação, expetativa, especulação, potencialidade, esperança e destino. Para o efeito, perguntei ao ChatGPT, a agora inevitável ferramenta de IA, quem e o que contribuía para estabelecer diferentes futuros em Braga, e como esses futuros se desenvolviam. Isto revelou várias conceções do que é o futuro, ou os futuros, relativamente ao que não há muito tempo era o futuro, neste caso a IA. Como tal, este trabalho tornou-se um portal para os diferentes e por vezes concorrentes futuros de Braga através das diferentes formas de navegar no presente. Pretende reimaginar a nossa relação com estes futuros fragmentados, chamando à ação noções lineares e não lineares de tempo e temporalidades, através da ciência, religião e espiritualidade, tradição, saúde, educação e, claro, fluxos migratórios. Estes estão emaranhados e permeados em tempo compactado ou tempo expandido, com os coletivos a que pertencemos, com as identidades que partilhamos, com os mapas e cosmologias locais através dos quais nos movemos. Indo um pouco mais além, pedi ao ChatGPT que me dissesse como fazer a fotografia que trataria deste futuro específico, indagando sobre composição, luz, profundidade de campo, pose, entre as demais regras fotográficas usuais. Nesse sentido, a minha intenção era manter a minha agência artística, ao mesmo tempo que lidava e negociava com o inevitável novo futuro-que-se-torna-presente, a IA. Uma espécie de abordagem curatorial.  Com este trabalho, pretendi questionar os mecanismos através dos quais ativamos os futuros que são mais significativos para nós, sabendo que os configuramos consoante a nossa experiência, antecedentes, identidades e muitas outras variáveis. Como podemos antecipar as consequências desejadas e não desejadas? Que profecias podemos afirmar com um grau de certeza fiável, sabendo que estes futuros que projetamos, ou em que vivemos, são permanentemente desafiados, alterados ou distorcidos? Este é um primeiro passo para compreender a profundidade, a complexidade e a heterogeneidade de tais 'futuros'.
quarta a sábado 14H30-18H30
Main Hall
Entrada livre
Carlos Barradas
On the exploration of fragmented futures

Como abordar algo que ainda não existe, tão intangível quanto o futuro? Melhor ainda, o que é o futuro, para quem se destina, e em que circunstâncias? Será o futuro uma entidade uniforme e homogénea ou, pelo contrário, existirão múltiplos futuros, muitas vezes divergentes? Este trabalho explora algumas destas questões num território específico, como é o caso da cidade de Braga.  Vivemos atualmente num tempo onde o futuro está bem presente. As catástrofes que outrora se julgavam iminentes tornaram-se, através do Antropoceno, a regra geral da nossa existência contemporânea. Convergem com desenvolvimentos científicos inovadores, em sociedades mais ou menos dinâmicas, em opções políticas, e nas instituições que as suportam. Antigas e novas formas de espiritualidade e religião, extensões dos corpos humanos e da sua imaginação, bem como esses mesmos corpos e as imaginações e expetativas que lhes são inerentes, viajam frequentemente para lugares distantes, revelando histórias de grande coragem, resiliência e sofrimento. O tempo e os futuros são, assim, entendidos, percecionados, contados, moldados e sentidos de formas particularmente divergentes, revelando a sua heterogeneidade e a inevitabilidade da sua construção individual e social. Pensar estas questões exige a necessidade de pensar o tempo sincrónico ou diacrónico como maleável, fluido, entrelaçando experiências imaginadas e vividas, individuais e coletivas. Estas são criadas e adaptadas de acordo com as seis orientações que os antropólogos Rebecca Bryant e Daniel Knight sugeriram para determinar as diferentes profundidades e urgências destes futuros: antecipação, expetativa, especulação, potencialidade, esperança e destino. Para o efeito, perguntei ao ChatGPT, a agora inevitável ferramenta de IA, quem e o que contribuía para estabelecer diferentes futuros em Braga, e como esses futuros se desenvolviam. Isto revelou várias conceções do que é o futuro, ou os futuros, relativamente ao que não há muito tempo era o futuro, neste caso a IA. Como tal, este trabalho tornou-se um portal para os diferentes e por vezes concorrentes futuros de Braga através das diferentes formas de navegar no presente. Pretende reimaginar a nossa relação com estes futuros fragmentados, chamando à ação noções lineares e não lineares de tempo e temporalidades, através da ciência, religião e espiritualidade, tradição, saúde, educação e, claro, fluxos migratórios. Estes estão emaranhados e permeados em tempo compactado ou tempo expandido, com os coletivos a que pertencemos, com as identidades que partilhamos, com os mapas e cosmologias locais através dos quais nos movemos. Indo um pouco mais além, pedi ao ChatGPT que me dissesse como fazer a fotografia que trataria deste futuro específico, indagando sobre composição, luz, profundidade de campo, pose, entre as demais regras fotográficas usuais. Nesse sentido, a minha intenção era manter a minha agência artística, ao mesmo tempo que lidava e negociava com o inevitável novo futuro-que-se-torna-presente, a IA. Uma espécie de abordagem curatorial.  Com este trabalho, pretendi questionar os mecanismos através dos quais ativamos os futuros que são mais significativos para nós, sabendo que os configuramos consoante a nossa experiência, antecedentes, identidades e muitas outras variáveis. Como podemos antecipar as consequências desejadas e não desejadas? Que profecias podemos afirmar com um grau de certeza fiável, sabendo que estes futuros que projetamos, ou em que vivemos, são permanentemente desafiados, alterados ou distorcidos? Este é um primeiro passo para compreender a profundidade, a complexidade e a heterogeneidade de tais 'futuros'.
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