Uma espécie de performance bailável em dois atos. Matko Destrokanov parece ter saído de um filme do Kusturica - nascido em Barcelos com alma dos Balcãs, é um imprevisível animador. Vibra com as fanfarras, mas tem um singular gosto pela música romântica universal. E tropical. E portuguesa. Este peculiar selecionador de discos garante uma animada viagem musical à volta da pista. Nesta dupla jornada, Destrokanov traz a caravana do circo dos Balcãs e assenta arraiais ao lado do Theatro Circo, tocando nas memórias coletivas da cidade.  

É uma das mais incríveis salas de espetáculos do país. E a mais carismática de Braga. Nela estão presentes a riqueza dos seus elementos decorativos, o lustre e o telão de boca de cena, que nos fazem recuar até 1915. O Theatro Circo abre, novamente, as portas a todos. 

A questão da memória habita em todo o trabalho de Anne-Sophie Emard. A artista representa-a através de imagens que monta numa marchetaria visual que transcende uma visão vibrante do mundo. Em Root, uma obra sobre a representação da memória, centenas de imagens compõem uma imagem-pensamento. Nos diferentes lugares que visita, a peça instala-se como um enxerto arquitetónico e alimenta-se de imagens do seu ambiente. Estas imagens cobrem-na como uma nova pele, adaptando-se perfeitamente à sua anatomia. 

Criada a partir da cultura xarpi de Fortaleza, Ceará, Brasil, #IssoNãoÉPixação propõe um cruzamento entre o analógico e digital, gerando um contraste de tempos, técnicas e tecnologias, e interrogando a cidade e os seus meios de comunicação. Pode a cidade ser um suporte de uma arte que transcende as fronteiras das linguagens artísticas, das plataformas e das suas classes sociais? A peça resulta do projeto Cidade Mídia, que propõe a reflexão e a produção artística com base no movimento da pixação, de Fortaleza, Ceará, Brasil, e sua relação com a cidade: com a arquitetura, com a publicidade e com a arte.